sexta-feira, 30 de outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

NOTÍCIAS DA NOSSA CAMPANHA PELA REVITALIZAÇÃO DOS CLUBES SOCIAIS NEGROS DO RS.

No dia 21/10/2009, quarta-feira, em audiência com o a Secretária de Cultura Monica Leal (PP), em Porto Alegre, a Associação Floresta Montenegrina entregou as demandas dos Clubes Sociais Negros do RS, com vistas a pleitear emendas parlamentares para o orçamento de 2010/2011, no mesmo dia o Deputado Estadual Alceu Moreira (PMDB)confirmou sua presença na Frente parlamentar que apóia a CAMPANHA ADOTE UM CLUBE SOCIAL NEGRO EM SEU ESTADO! ou MUNICÍPIO!
Conforme deliberado em nosso 6º Encontro Estadual de Clubes Sociais Negros/RS, realizado na Associacao Satelite Prontidao, em Porto Alegre.

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ED- Luis Carlos de Oliveira, Comissão Nacional de Clubes Sociais Negros/RS/SEPPIR (2010/2011);

Secretária de Cultura Mônica Leal e

Elisiane Ferreira, Assessora e Vice Presidente do CODENE/RS

Também no dia 16/10/2009, sexta-feira, a Presidente Isabel Landim da Sociedade “Négo” de Venâncio Aires em almoço com o Dep. Federal Mendes Ribeiro F°, entregou as demandas dos Clubes Sociais Negros do RS, com vistas a pleitear emendas parlamentares para o orçamento de 2010/2011

Isabel Landin, Presidente Eleita do Coletivo de Clubes Sociais Negros do RS;

Deputado Federal Mendes Ribeiro Filho (PMDB)

No dia 13/11/09, sexta-feira, durante a abertura da Semana Municipal da Consciência Negra de Santa Maria acontecerá no Museu Treze de Maio o lançamento oficial da CAMPANHA ADOTE UM CLUBE SOCIAL NEGRO EM SEU ESTADO! ou MUNICÍPIO!
Para isto estamos mobilizando uma FRENTE PARLAMENTAR com vistas a apoiar esta CAMPANHA e que estarão presentes neste ato!! Contamos com a mobilização dos parlamentares de sua região e contamos desde já com a presença de todos os Coordenadores Regionais e todos os gestores de Clubes Sociais Negros do RS que puderem se fazer presentes.
Coordenadores Regionais/RS, aguardamos notícias sobre o andamento das solicitações de emendas parlamentares para sua região! Abraços e boas tratativas a tod@s!!!

Luis Carlos de Oliveira

Vice Presidente da Associação Cultural Beneficente Floresta Montenegrina

Comissão Nacional de Clubes Sociais Negros/RS/SEPPIR(2010/2011)

Nomes africanos

 

Os Nomes africanos

2003-08-06

Na sua habitual crónica quinzenal na secção intitulada «Epístolas do Ocidente», do Jornal Angolense, edição de 19 de Julho de 2003, Sousa Jamba, escritor, teceu considerações sobre "Os Nomes Africanos".
Sousa Jamba começa a sua crónica dizendo que a sua filha que nasceu na América chama-se Simbovala Etosi Kanga Jamba, um nome invulgar nos grandes centros urbanos. Para Jamba muitos angolanos que encontrou em Luanda e no Planalto Central nas três semanas que permaneceu em Angola estariam agora a rir-se e a dizer: «porque dar a uma criança um nome tão pesado e feio? Porque não deste a tua filha nomes como Vanessa, Hilary, ou CrystalRose? Os colegas vão zombar dela!» "Felizmente a Vala, como lhe chamamos em casa, nunca irá queixar-se das suas colegas porque ela nasceu no Estados Unidos e lá, ao contrário do que notei em Angola, os nomes africanos sim, mesmo nomes em umbundu são valorizados. Em geral a ideia de um certo
multiculturalismo, ou mosaico cultural, está completamente enraizado nos Estados Unidos. Observei que na escola ou até mesmo, na creche, onde temos deixado a nossa filha, há meninas negras oriundas de várias partes de África com nomes africanos como: Nande, Aisha, Shola, Nana; Nyota, Keisha, etc. Muitos negros americanos, por exemplo, prezam os nomes africanos. Nas livrarias e bibliotecas, há manuais especiais para famílias negras que pretendem atribuir um nome africano aos seus filhos", escreveu. Sousa Jamba fala do nascimento de sua filha Vala, e informa que "a médica que lhe prestou os primeiros cuidados, de origem polaca, tinha um espaço de crónica semanal no jornal principal de Jacksonville, o Times Union.

Numa das suas crónicas, ela escreveu que achava o nome Simbovala tão encantador, depois de eu lhe ter explicado o seu significado. Simbovala vem de um provérbio umbundu: simbovala ovimpembe, kalunga okuvala omuenyo « (Não fiques obcecado com as lavras que já não rendem, porque Deus cuidará da tua vida» ou «nunca te esqueças do teu lado espiritual)». A médica americana lamentou o facto de muitos nomes anglo-saxónicos terem perdido o seu significado". "A irmã que segue a Simbovala chama-se Kanga que em kikongo, a língua do pai da mãe das filhas, significa algo que une, aproxima... Em Luanda, Huambo e Katchiungo muitos disseram-me que eu devia ter dado outros nomes pelos menos, em português às minhas filhas. Encontrei mesmo gente que quase sentem pena de mim (acham-me tão rústico por ter dado nomes angolanos às minhas filhas) e das meninas (que passarão o resto das suas vidas com tais nomes). Pelo menos os angolanos passaram a dar aos seus filhos nomes brasileiros e não, como é o caso noutros países, nomes de tractores como Catterpillar. Em países anglófonos Zâmbia, Quénia, o Botswana, etc. há tradições como as de atribuir-se às crianças um nome de infância frequentemente, um nome que tenha a ver com as suas origens (Chanda, Kamau, Itumeleng, por exemplo) é um nome de adulto geralmente Europeu. É aqui onde as coisas completamente tornam-se absurdas, porque os nomes que escolhem têm mais a ver com vedetas americanas e europeias.

Na Zâmbia, é possível encontrar um Nixon Mukandawire ou Reagan Bwalya ou mesmo Bronson Shona. No Botswana, há o hábito de dar nomes com significados sonantes e traduzidos literalmente para o inglês. Por isso é que há gente com nomes de Goodman, oh Good Not Another Boy (Oh deus porque um outro rapaz), Gift, Perfect, etc. em certos grupos étnicos por exemplo, os Lamba ou os Tumbukas da Zâmbia há bebés com nomes absurdos como Cabbage (repolho), Spon (colher) e, em muitos casos, bebés com nomes de marcas de carro Landcruiser, Gearbox, etc". "O menosprezo a que os nomes africanos são votados está ligado a um aspecto que me impressionou bastante durante as minhas viagens pelo continente, o desprezo por tudo o que seja africano. A única excepção são os da África Ocidental, os nigerianos, mesmo os da classe mais alta (que são multimilionários) nunca menosprezaram os seus nomes de origem. Os nigerianos orgulham-se de nomes como Bola, Adebayo, Adewale, etc. e mesmo quando eles fazem filhos com outras nacionalidades, eles, insistem que o filho deve levar um nome yoruba, igbo, hausa, etc. Em matéria de nomes, os nigerianos não fazem compromissos. Para eles, um africano tem de ter um nome tradicional", assegurou. "No mundo, há muita gente que concorda com esta asserção. Quando os ingleses, brasileiros ou mesmo russos vêem um angolano «sobrecarregado» com nomes oriundos das suas terras eles riem-se de nós.

O escritor português, Pedro Rosa Mendes, descreve no seu livro Baía dos Tigres, uma viagem que efectuou pela África Central, nos anos 90, um episódio que ficou marcado na minha memória. Um angolano deu nome de Aristóteles ao seu filho mas tinha dificuldades em pronunciar o mesmo. Consciente das potencialidades cómicas de tal incidente, o escritor faz várias referências ao pobre angolano que mal sabia pronunciar o nome do seu próprio filho. Se o filho fosse Sakwanda, Kokelo, Chisola, Epandi, isto é, se vivesse, como as minhas filhas, na América, talvez isso não acontecesse",
concluiu.

Simone dos Santos Palmeira Cassoma

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"A felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso que fazemos do que temos."